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A Rede Social - Crítica


Bom, como primeira crítica a ser publicada no Sétima Art, a convite de seu editor Léo Foose, escolhi um filme que adorei, achei muito bem feito, porém não percebi reações de diversas pessoas aos pontos críticos do enredo. Todos só elogiam A Rede Social, mas quase não argumentam sobre a má conduta de seu protagonista, talvez por a sociedade atual ser conivente com o errado. Já publiquei textos sobre a produção nos meus blogs Acervo do Cinema e Blogcine, mas acho que é uma obra que vale a pena sempre ser lembrada, até porque é considerada o retrato de uma geração, uma turma que cresceu em um mundo virtual.

Sem dúvida um dos filmes mais comentados dos últimos tempos, A Rede Social conquistou uma grande legião de fãs, principalmente na faixa entre 13 e 30 anos, usuários mais comuns do Facebook, o objeto de discórdia que dá a tônica a essa excelente produção, porém baseada em uma história pouco louvável cujo final já sabemos antes mesmo de assistir.

O crédito do grande sucesso do filme pode ser dado ao excelente roteiro e a eficiente direção do cineasta David Fincher, que transformaram a história de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), um sujeito arrogante e inescrupuloso, em um conto de um homem triste que deixou sua criação encobri-lo e cada vez mais jogá-lo em um abismo, ainda influenciado por más companhias. Ele criou um site para promover a amizade entre pessoas do mundo todo, mas vive em uma solidão sem tamanho e com uma lista bem grande de inimigos.




Para os brasileiros, a história por trás da criação do Facebook deveria ter um gosto amargo, já que, como foi muito noticiado pela imprensa nacional, o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield) foi um dos financiadores do projeto. Quando o site subiu de valor no mercado, ele foi pego de surpresa pelas linhas miúdas do contrato que assinou sem prestar atenção. Suas ações foram reduzidas a praticamente nada. Após algumas tentativas judiciais para impedir que Zuckerberg continuasse como único dono da idéia, eles entraram em um acordo fora dos tribunais sem valores divulgados, porém Saverin sumiu. Ninguém mais tem notícia dele já a algum tempo e não se sabe dizer se o sumiço é alguma imposição do trato.


Também participaram da criação do Facebook os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss (Arnie Hammer) e Divya Narendra (Max Minghella). O trio também foi enrolado por Zuckerberg, que cerca de quarenta dias depois lançou o seu famoso empreendimento sem mencionar os outros nomes envolvidos no projeto. Depois de anos de batalhas legais todos ganharam uma indenização.

A vontade de ser aceito em um grupo é um sonho que muitos jovens têm e Sean Parker (Justin Timberlake), o criador de um famoso site de download ilegal de músicas, entra na vida de Zuckerberg  para introduzi-lo na sociedade que ele tanto almejava. Ao freqüentar as festas e esbanjar seu dinheiro ao lado do novo amigo, o gênio da computação realizou seu sonho de poder tudo e ser cobiçado. A ganância e a superioridade encontraram suas perfeitas encarnações na dupla. Curioso que o fato de Parker fazer apologia a pirataria virtual e abrir o verbo no filme não rendeu uma linha sequer na mídia para questionar. Esse é o ponto mais crítico dessa história toda: os "vilões" cometem graves erros considerados segundo as leis como crimes a serem punidos, mas continuam livres e, conforme o filme mostra, de bem com a vida. Mas assim aconteceu na história real, o roteiro não podia ser diferente.

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A Rede Social - Crítica A Rede Social - Crítica Reviewed by Guilherme Z. on 23:59:00 Rating: 5

3 comentários

  1. No meu texto sobre o filme eu questionei muito a ética e moral do "criador" do Facebook. Fiquei muito em dúvida se continuava com a minha página no site. Mas, adorei o filme e acho Mark Zuckerberg um verdadeiro canalha.

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  2. Realmente um filme brilhante que mostra a verdadeira face do criador de uma das mais bem sucedidas redes sociais. O cara é canalha... Mais um canalha brilhante!:-)

    Bela resenha amigo! Gostei e fico feliz com a sua contribuição aqui!!! Seja muito bem vindo ao sétima Art e a nossa rede de amigos e amantes do maravilho e mágico mundo do cinema!

    Um grande abraço...

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  3. O filme é bem legal! Acho que o mérito é total de David Fincher, que soube orquestrar a historia. Bela crítica.

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