Arquivo X - Matéria Especial
Aproveitando que estamos no mês de Setembro, mês em que fora ao ar nos Estados Unidos o primeiro episódio de “Arquivo X” em 1993, este é o primeiro de uma série de textos que falam um pouco sobre a história deste que é um dos seriados mais influentes da televisão. Também publicarei comentários sobre cada episódio de cada temporada aos poucos. Espero que os textos motivem discussões e debates para os fãs da série como eu e desperte a curiosidade para os que não conhecem o seriado, que está disponível na Netflix.
“Arquivo X” estreou na Fox norte-americana em 10 de setembro de 1993 de maneira discreta. Com o tempo a série conquistou fãs fieis e atraiu a atenção de muitas pessoas, ganhando projeção mundial e tornando-se fenômeno de audiência, recebendo inúmeros prêmios importantes, entre eles o Globo de Ouro e o Emmy. Foi um raro caso de uma série que nascera para ser cult, mas que se tornara extremamente popular.
A série contou com nove temporadas regulares de 1993 a 2002, compondo 202 episódios, e uma décima temporada que foi ao ar em janeiro de 2016 contando com seis episódios, dois filmes também foram produzidos: “Arquivo X – O Filme”, de 1998, e “Arquivo X – Eu Quero Acreditar”, de 2008.
“Arquivo X” trata do cotidiano de investigações de dois agentes especiais do FBI, Fox William Mulder (David Duchovny) e Dana Katherine Scully (Gillian Anderson), responsáveis pelos Arquivos X, departamento para onde vão os casos que envolvem fenômenos paranormais, de difícil solução e em sua grande maioria jamais resolvidos.
Na época que "Arquivo X" foi lançado a produção para a TV era dominada pelos seriados de comédia, os sitcoms, como “Os Simpsons” e “Um Amor de Família”. Excetuando "Jornada nas Estrelas" e as muitas séries derivadas desta, nenhum seriado de ficção científica chegara a ser sinônimo de sucesso. Talvez um seriado mais ousado e que pode ter aberto o caminho para "Arquivo X" foi “Twin Peaks”, que fugiu dos padrões dominantes da época, é hoje um clássico absoluto e tem grande importância para a história das produções televisivas.
Entre monstros da semana e Objetos Voadores Não Identificados, além de conspirações governamentais, a série contava com o bom humor da dupla de agentes, o inigualável entrosamento entre eles e uma carga dramática completamente crível desenvolvida pelos ótimos atores. O formato do seriado seguiam os episódios chamados mitológicos, que construiam a base de uma história contínua que vem sendo contada desde a primeira temporada até a recente décima temporada. Nela estão envolvidos conspirações e arcos de história que se referenciam constantemente e são base da motivação e dramas dos personagens principais, como a abdução de Scully, a luta de Mulder em encontrar a irmã, o bebê William, etc. Os episódios chamados de casos da semana constituem casos isolados investigados pelos agentes e exigem pouco ou nenhum conhecimento sobre os detalhes da mitologia construída.
O relacionamento entre os dois personagens se estabeleceu por muito tempo unicamente na dimensão profissional, destacando-se a crença quase cega de Mulder nos fenômenos paranormais, causada pela abdução e desaparecimento de sua irmã durante a sua infância, e a fé católica de Scully, formada em Medicina e Física e busca sempre explicações racionais e científicas para os fenômenos investigados.
Na época a Fox, que buscava diversificar a sua grade de programas, não supunha o sucesso do programa, considerando suas tramas relacionadas, teorias científicas, conspirações e uma sensação de que as explicações deixavam mais dúvidas do que respostas como dificuldades para o entretenimento dos espectadores.
O criador da série, Chris Carter, jornalista que escrevia para uma revista de surf, teve como base um outro seriado do passado para criar "Arquivo X": “Kolchak e os Demônios da Noite”, série produzida nos anos 70 pela ABC que acompanhava Carl Kolchak, um repórter que lutava contra um assassino a cada semana, tal como vampiros, lobisomens, monstro do pântano ou Jack, o Estripador e terminava o dia sem provas do que havia acontecido. Carter construiu em "Arquivo X" uma mistura única entre ficção científica, terror e policial.
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