"Até o Último Homem" - Crítica da semana em Blu-Ray
Um enquadramento específico é capaz de definir muito bem este mais novo trabalho do diretor Mel Gibson. Desmond Doss, soldado que trabalha na ala médica do exército americano e se recusa em pegar em armas durante a Batalha de Okinawa, interpretado com muito comprometimento e competência por Andrew Garfield, está coberto em sangue é banhado em água, num frame composto pelo céu limpo e pleno ao fundo, simbolizando praticamente um batismo, que para Doss faz muito sentido, uma vez já tendo sofrido os impactos das relações violentas com o pai e com o irmão, tem na sua própria dor física e martírio a construção de sua redenção. Os símbolos religiosos se fazem presentes e muito bem explorados por Gibson, mas a maturidade do diretor aparece quando vemos que o personagem usa a religião como um meio de transcender sua própria realidade e amenizar os traumas causados pela relação conflituosa, apesar de respeitosa, com o pai, encarnado por Hugo Weaving com sua costumeira competência e intensidade.
“Até o Último Homem” é um filme que se encaixa muito bem dentro da filmografia de Mel Gibson, que consegue explorar como ninguém o potencial do enredo, gerar o impacto que normalmente consegue evocar em seus filmes e refletir sobre sofrimento, redenção, dor e o papel da espiritualidade nisso tudo.
O que você espera desse filme? Comente e dê sua Nota... Ajude o www.setimaart.com e os outros internautas!
Post a Comment